Um dia após a chuva impressionante que inundou o Sudeste do país, a apatia em cada rosto do aeroporto era escancarada. Cheguei ao Galeão as 07hrs da manhã de hoje e encontrei um funcionário de uma cia aérea que era a exaustão em pessoa, então perguntei: "O que você está fazendo aqui essa hora? Você não entra somente às 13hrs?" Depois que fiz a pergunta, percebi que não precisava nem de resposta... ele entrou às 13hrs sim, mas do dia anterior. E ele não era o único, por que por toda a parte eu via várias pessoas que já deveriam ter ido embora desde a noite.
Assisti a uma cena que não presenciava desde o famoso caos aéreo. Uma grande salva de palmas quando soou o speech de embarque de um determinado voo que deveria ter saído no dia anterior. Nessas horas, a distância entre as palmas e os tapas é quase zero. Basta dar algo errado, que tudo vira pesadelo de novo, o que não foi o caso dessa vez. Mas o que não faltam são histórias de brigas entre funcionários e passageiros. Era vasinho de planta voando na cabeça de atendente de check-in, toten de divisor de fluxo servindo de taco de baseball nas canelas de despachante de voo, e até briga entre clientes disputando um avião, cada um para seu voo, como se o vencedor fosse levar a aeronave de brinde pra voltar pra casa.
Aeroporto é muito bom, mas tem seus dias de bagunça. Nesses dias a gente fica tenso, mas depois que acaba, as histórias que relembramos pra contar valem a pena!
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